sábado, 24 de agosto de 2013

[RESENHA] A Guerra dos Tronos - George R. R. Martin

             







Titulo: A Guerra dos Tronos
Titulo Original: A Game of Thrones
Autor(a): George R. R. Martin
Nº de páginas: 587
Editora: Leya
   



    





Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, aceita a prestigiada posição de Mão do Rei oferecida pelo velho amigo, o rei Robert Baratheon, não desconfia que sua vida está prestes a ruir em sucessivas tragédias. Sabe-se que Lorde Stark aceitou a proposta porque desconfia que o dono anterior do título fora envenenado pela manipuladora rainha - uma cruel mulher do clã Lannister - e sua intenção é proteger o rei. Mas ter como inimigo os Lannister pode ser fatal: a ambição dessa família pelo poder parece não ter limites e o rei corre grande perigo. Agora, sozinho na corte, Eddard percebe que não só o rei está em apuros, mas também ele e toda sua família.

No primeiro livro da serie "Cronicas de Gelo e Fogo", o honrado Eddard Stark viaja à capital, Porto Real, para tomar lugar como Mão do Rei, seu amigo Robert Baratheon. Ned desconfia que a antiga Mão, Jon Arryn, foi envenenado pela rainha Cersei, logo, sabendo dos perigos em que Robert se encontra estando entre Lannisters, aceita viajar para proteger o amigo. É basicamente isso, e não vou falar mais porque vou acabar falando algum spoiler. Então... eu sinceramente não sei exatamente o que falar sobre Guerra dos Tronos, até porque quase todos conhecem a história do livro, leram ou assistiram Game of Thrones. Me encaixo na terceira opção.
Comecei a assistir a serie e confesso que no começo achei meio chato, por isso demorei anos para passar do quarto episódio, mas quando passei eu viciei. No lançamento da terceira temporada, comecei a ler o primeiro livro e demorei mais anos para terminar, isso fica evidente no meu histórico de leitura do skoob, mas um dos motivos foi o fato de eu saber exatamente tudo que ia acontecer por causa da serie. E, nossa, eu fiquei emocionada lendo mesmo assim. 
George Martin foi o ser que eu mais amei e odiei ao mesmo tempo. Odiei pelo fato de ele te proibir de ter um personagem favorito, porque teu personagem pode morrer a qualquer momento. E quando digo a qualquer momento, é a qualquer momento mesmo. Não é como livros normais, onde o mocinho vai morrer e do nada algo completamente fora dos limites da física e do entendível faz com que ele sobreviva. Por isso eu sempre digo: quando for começar a ler, aceite que seu personagem pode morrer com 5 flechadas nas costas ou com um punhal no rim. Depende do humor de senhor-papai-noel George.
Amo ele por ele existir. É sério. A escrita dele é realmente a melhor que eu já li em toda essa longa estrada que já dura 15 anos (?). Ele transporta o leitor para o mundo de Cronicas de Gelo e Fogo. Ele consegue deixar cada personagem com uma personalidade única e fazer com que não haja mocinhos e mocinhas. Cada um fez o que fez por seus motivos que vão sendo mostrados ao longo da história, então aquela pessoa que tu odiou no primeiro livro, pode ser o teu favorito no terceiro. Isso foi para um personagem específico, mas deixo no ar.
E eu tenho quase certeza que muitas pessoas vão abandonar o livro logo no inicio. Talvez por não ser acostumado com a escrita mais "cansativa" ou achar a história meio parada no inicio, mas digo que continuem. O livro é ótimo, o autor é ótimo e preciso comentar q o físico do livro também é lindo. 
É verdade que nos últimos meses a serie e os livros estouraram de uma maneira incrível. Porém, eu apoio, então... leiam. A história é muito bem estruturada e nem um pouco previsível, deixando o leitor cada vez mais boquiaberto com os acontecimentos.
E, para terminar a resenha:

Uma mente necessita de livros da mesma forma que uma espada necessita de uma pedra de amolar se quisermos que se mantenha afiada. - Tyrion Lannister

Quando as neves caem e os ventos brancos sopram, o lobo solitário morremas a alcateia sobrevive. - Eddard Stark

Quando se joga o jogo dos tronosganha-se ou morre. - Cersei Lannister

terça-feira, 13 de agosto de 2013

[RESENHA] Espíritos de Gelo - Raphael Draccon

 







Titulo: Espíritos de Gelo
Titulo Original: Espíritos de Gelo
Autor(a): Raphael Draccon
Nº de páginas: 172
Editora: Leya


Um homem acorda acorrentado com os braços para cima em uma sala escura, com dois torturadores vestidos com detalhes masoquistas ao lado e um interrogador baixinho, vestido com roupas sociais e uma camisa surrada do Black Sabbath. Eles o informam que ele acordou em uma banheira sem um rim e sofreu um choque amnésico, que o impede de lembrar os detalhes. Assim sendo, eles partem do princípio de que outros choques traumáticos podem desbloquear essas memórias, se necessários. E se iniciam as piores partes. O livro faz referências à lenda urbana da banheira de gelo, às lendas ao redor da história do rock’n roll e até às motivações e psicologia ao redor da criação de lendas urbanas.
A sinopse já explica, basicamente, toda a história do livro. Um jovem acorda acorrentado com os braços pra cima em uma sala, com dois torturadores e um interrogador. Ele descobre que acordou em uma banheira sem um rim e que não lembra de nada por conta de um choque amnésico. Acreditando que outros "choques traumáticos" podem ajudar a lembrar de tudo que aconteceu, o homem - que não é dito o nome - começa a ser interrogado e, após cada momento que não lembra o que acontece, ele passa por um ato de tortura. Ao longo do livro, ele descreve tudo que lembra, descrevendo por cima a adolescência, como conheceu a namorada e etc.
Raphael Draccon, o mesmo autor de Dragões de Éter, conseguiu fazer algo completamente diferente da trilogia. A trilogia tem toda a história mais voltada para a fantasia, para as história infantis e para o romance, digamos - não que seja um livro infantil, entendam o que eu digo. Espíritos de Gelo é (muito) mais adulto. Cenas com violência e tortura bem explicadas, deixando evidente a dor do personagem pelo fato da história ser narrada em primeira pessoa, e cenas bem caracterizadas de sexo. E, também, com o vocabulário sujo. Bem sujo, de acordo com o que avaliei.
Vou ressaltar que, particularmente, gostei muito das torturas. achei bem... originais. Principalmente amassar um dos dedos da mão do personagem com um martelo para amaciar carne. Senti dó até depois de ter terminado o livro só pela descrição de como foi aquela tortura. Não que tenha sido extremamente bem descrita, mas pelo fato de ser o próprio homem descrevendo a sensação, é muito mais impactante. 
Gosto das ênfases do Raphael em alguns parágrafos. Ênfases do tipo:
Eles bateram ao mesmo tempo. 
Isso que foi o pior.
Ao mesmo tempo.
Acho que isso deixa o texto e até a história mais impactante até certo ponto. Dando mais emoção ao que ocorreu na cena e deixando claro o grau disso. 
Porém, todo livro tem seu lado negativo. Durante o livro, acontecem alguns monólogos que, ao meu ver, ficaram confusos. Não que isso influencie diretamente na história, porém deixa a leitura mais chata e a vontade de passar aquilo rapidamente aumenta. Aceitei pelo fato de ser parcialmente importante para o entendimento do que estava acontecendo. 
O final... Ah, o final. Ele me surpreendeu. De verdade. Não sei porque foi extremamente diferente do que eu pensei ou porque aconteceu algo surreal o suficiente pra eu ficar com um claro ponto de interrogação na testa. 
Particularmente achei o livro bom. Ele me prendeu de verdade e terminei de ler em um tempo quase recorde. Sei que ele tem 172 páginas e isso faz com que a leitura seja rápida, porém o modo fluído como Draccon monta seus textos e o jeito em que a história prende o leitor contribui muito mais que o pequeno número de páginas. 
Sinto que algumas pessoas vão odiar ele por motivos pessoais, porém ainda recomendo. É uma leitura curta, gostosa e interessante. Não vai lhe tomar um tempo gigante, então, caso não goste, apenas dê 1 estrela no skoob e a vida continua.